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domingo, 21 de março de 2010

Uma nova aposta em mobilidade para Coimbra

A crise Financeira Mundial que se instalou transformou o Mundo, provocou rupturas e dará início a uma nova reconstrução, uma nova era, se lhe quiserem chamar. Cabe-nos fazer com que este após traduza uma mudança para melhor.


A humanidade começa a abordar a mobilidade com outros interesses, nomeadamente ao nível da poluição e da energia. É por isso o momento oportuno de ligar a electricidade ao transporte pessoal, promovendo transformações importantes nas cidades.

Neste capítulo, Coimbra pode ser pioneira se adoptar políticas mais racionais e mais amigas do ambiente, para a circulação de pessoas dentro da cidade.

Coimbra tem alguns transportes eléctricos e a tendência no mundo mais desperto para as questões ambientais é encontrar as melhores práticas de utilização de transportes que facilitem a mobilidade e que sejam menos poluidoras ou consumidoras do mínimo de energia possível. Vejamos o caso do Japão, onde os jovens preferem andar de transportes públicos e onde, para transporte pessoal, optam pelo veículo mais pequeno e amigo do ambiente, em detrimento de qualquer outro.

Esta transformação na sociedade é hoje uma realidade. Esta crise mundial surge como catalisador neste domínio, acelerando a adopção deste novo ponto de vista mais amigo do ambiente e mais responsável no domínio da gestão de recursos, com o seja o energético.

Coimbra pode e deve abraçar esta nova forma de desenvolvimento de uma cidade, onde a aposta de produção de energia eléctrica, através de fontes renováveis que podem ser utilizadas nos transportes e nos edifícios, tem várias vantagens associadas que a tornam interessante, numa visão mais moderna e equilibrada de uma sociedade mais protectora do ambiente, mais evoluída e ao mesmo tempo mais autónoma do ponto de vista da autonomia energética.

Cerca de 50% do défice externo da economia portuguesa corresponde à compra de energia. Assim, a nossa maior autonomia energética é também uma maior autonomia financeira.

Assim, se, em vez de importarmos energia, formos exportadores, podemos inclusive inverter a balança comercial a nosso favor.

Posto isto, teremos de concordar que a energia, que de acordo com os princípios da natureza não se perde, mas apenas se transforma, é uma âncora de desenvolvimento das cidades, de uma região e de um país.

Apostando em tecnologia própria, em Portugal, é uma oportunidade de desenvolver áreas chave que estão nas agendas políticas de todos os governantes do Mundo, com seja o “aquecimento global do planeta”, a “eficiência energética”, a “sustentabilidade ambiental”, etc.

Daí que a nova ferramenta de gestão das cidades seja o “green governenace”.

Por todos estes motivos, Coimbra pode assumir um papel de liderança neste novo conceito de modernidade de uma cidade cosmopolita, amiga do ambiente e energeticamente sustentável.

Quando olhamos para o nosso passado, desde o tempo em que o homem dominou o fogo até aos dias de hoje, a energia esteve sempre presente e foi um dos principais motivos que nos trouxe até à actualidade.

Na realidade, hoje em dia já ninguém pensa o que é ficar sem energia, uma vez que ela é abundante e por isso já a temos como um dado adquirido.

Pois o que mudou ao longo do tempo em relação à energia, foi a forma e facilidade de acesso.

Pois mais uma vez, sendo uma escolha que teremos de fazer, cabe-nos ser sensatos no que pretendemos para o nosso futuro.

Daí que em situações de crise há sempre novas oportunidades. A indústria automóvel já agarrou essa nova oportunidade, e parece que Portugal, com o PS, também quer agarrar. E agora, cabe também às cidades querem agarrar e ter coragem e determinação para seguir um rumo que as transportará e mobilizará os cidadãos para uma vida melhor.

Por isso estamos convencidos de que quando as opções políticas são em nome de um bem comum são por si só mais fortes, mais justas, mais mobilizadoras e melhores para o Mundo em que vivemos. Estamos a viver esta transformação a um nível planetário, e por isso podemos ser uma das primeiras cidades, caso tenhamos protagonistas políticos que consigam agarrar este grande desafio de modernidade.

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